"A leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede."
Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Saga em HQ: Bórgia


A série em quadrinhos "Bórgia", escrita pelo espanhol Jodorowsky e ilustrada pelo mestre dos quadrinhos eróticos, o italiano Manara, narra a história de uma das mais famosas famílias papais da história: os Bórgias. Famosa pelas intrigas e pelos conflitos, a família Bórgia é liderada pelo seu chefe: Rodrigo Bórgia, mais conhecido como Papa Alexandre VI (papa de 1492-1503).
Os quadrinhos são magistralmente ilustrados por Manara, com gravuras eróticas e bem detalhadas. Cada página é uma obra de arte, repleta de gravuras, cenas inusitadas e, por que não, eróticas. Formado por 04 livros (Sangue para o Papa; O Poder e o Incesto; As Chamas da Fogueira e Tudo é Vaidade), a série retrada a ascensão de Rodrigo Bórgia como Papa Alexandre VI e seus planos ambiciosos para dominar a Itália e o Mundo.
   A história apela muito para o lado sexual e erótico, relatando diversas cenas de sexo e incestos. As     tramas, os golpes, a inveja, a cobiça, a mentira, entre outros, são também enfocados pelo autor e pelo ilustrador. Entre as personagens recorrentes, estão os filhos do papa: Giovani Bórgia, César Bórgia, Gioffre Bórgia e Lucrécia Bórgia, assim como as amantes de Alexandre VI: Vanozza de Cattonei e Julia Farnese. Entre outros também estão Michelito e Maquaivel.
Os desenhos são bem feitos e a história bem desenvolvida pelo autor, embora Jodorowsky não seja 100% fiel a história verdadeira da família Bórgia.
Repleta de cenas eróticas, a saga conta até mesmo com alguns desenhos lésbicos entre Lucrécia e Julia Farnese. 
Sinopses:
Bórgia I - Sangue para o Papa: Poder, conspiração política, luxúria, messianismo, esses são alguns dos ingredientes da série de quadrinhos Bórgia: uma espécie de biografia não autorizada da família que é tida como precursora dos Corleone e que expõs os pecados da igreja católica do final século XV. Uma fase que tinha mais escândalos que o governo de Richard Nixon ou de Fernando Collor. Uma época que o Vaticano certamente gostaria de apagar dos livros de história. Todos os atos praticados por Rodrigo Bórgia, e sua família, para se tornar o papa Alexandre VI estão na obra contada por um dos mais cerebrais roteiristas da Nona Arte da Europa, Alejandro Jodorowsky. A coleção, que está sendo lançada em julho no Brasil, conta com o traço do mestre das histórias em quadrinhos eróticos, Milo Manara, conhecido por retratar as mais belas mulheres em quadrinhos e autor de séries famosas em todo o mundo.
 Bórgia II - O Poder e o Incesto: O segundo livro da coleção, Poder e Incesto, retrata uma igreja impensável nos dias de hoje. Venda de indulgências, nepotismo, promiscuidade e ganância: por tudo isso Alexandre VI é lembrado como a ovelha negra da Igreja. O nome Alexandre nunca mais foi usado por ninguém na direção da Igreja Católica. A máfia dos Bórgia transformou Roma em uma cidade sem fé nem lei. Para conquistar a simpatia popular e restabelecer o poder da Igreja, o novo papa não poupava a vida de inocentes. Alexandre VI contava com os conselhos de Maquiavel e com seus filhos César, imortalizado pelo mesmo Maquiavel em O Príncipe, e Lucrécia, uma linda mulher conhecida como o veneno dos Bórgia.
Bórgia III - As Chamas da Fogueira: Poder, conspiração, política, luxúria, messianismo. Esses são alguns dos ingredientes da série de quadrinhos Bórgia: uma espécie de biografia não autorizada da família que é tida como precursora dos Corleone e que expõs os pecados da igreja católica do final século XV. Uma fase que tinha mais escândalos que o governo de Richard Nixon ou de Fernando Collor. Uma época que o Vaticano certamente gostaria de apagar dos livros de história. Todos os atos praticados por Rodrigo Bórgia, e sua família, para se tornar o papa Alexandre VI estão na obra contada por um dos mais cerebrais roteiristas da Nona Arte da Europa, Alejandro Jodorowsky. A coleção, que está sendo lançada em julho no Brasil, conta com o traço do mestre das histórias em quadrinhos eróticos, Milo Manara, conhecido por retratar as mais belas mulheres em quadrinhos e autor de séries famosas em todo o mundo.

Bórgia IV - Tudo é Vaidade: A saga do papa mais escandaloso da história da Igreja Católica chega ao fim no quarto livro da série Bórgia. Alexandre VI foi o papa que aprovou o Tratado de Tordesilhas, mas ficou mais famoso como símbolo da corrupção do Vaticano renascentista. Teve várias amantes e pelo menos sete filhos. Entre eles o belicoso Cesar Bórgia, que, sagrado bispo pelo pai aos 16 anos e cardeal aos 20, inspirou Maquiavel a escrever O Príncipe e teria sido amante da própria irmã, Lucrécia Borgia, de lendária beleza. Lucrécia também teria sido amante do próprio pai, Alexandre VI.Bórgia conta a história escandalosa e fascinante de uma família ambiciosa, que fazia de tudo para conquistar mais poder.

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LIvro: O Encontro Marcado

O Encontro Marcado

Escrito pelo mineiro Fernando Sabino, "O Encontro Marcado" é, ao mesmo tempo, um romance de formação e de costume. A história do livro gira em torno da personagem principal, Eduardo Marciano.
A história narra a infância e a adolescência de Eduardo, assim como sua vida adulta. É narrado a vida de Eduardo, um garoto que quer encontrar algo e, por isso, decide buscar esse encontro.
Eduardo é um fã de grandes escritores clássicos e com seus amigos, ele deseja criar uma grande obra, que o torne famoso. Porém, Eduardo é o tipo de autor em crise, que não consegue escrever, tampouco sabe sobre o que escrever.
Com o tempo, Eduardo cresce e sua vida segue rumos diferentes de seus amigos. Passa a viver no Rio de Janeiro e acaba criando novos vínculos. Porém, ainda é um autor em crise. Tal crise acaba afetando também sua vida pessoal.
É um livro de leitura fácil, história curta e bem interessante. Mostra bastante o costume da época e fala sobre questões culturais, ocmo traição, desânimo, depressão, etc.
Fernando Sabino é uma ótima opção de leitura e "O Encontro Marcado" é um livro que certamente te envolverá na história. A escrita é fácil e flui com o desenvolvimento do livro. Vale a pena conferir!

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Livro: Não Faz Sentido! - Por Trás da Câmera

Não Faz Sentido! - Por trás da câmera.

Certamente, vocês já devem ter visto algum vídeo do Não Faz Sentido! Ou então, algum vídeo do Parafernalha, pertencente ao Felipe Neto.
É sobre esse fenômeno do YouTube, o Canal Não Faz Sentido, que esse livro trata. Em tom descontraído, escrito pelo próprio Felipe Neto, o livro é bem direto e narra a história do canal, um dos primeiros a alcançarem sucesso no YouTube brasileiro.
O livro conta desde os primórdios do canal, quando o Não Faz Sentido não passava de uma ideia na cabeça do criador. Narra os primeiros passos e o processo de criação dos primeiros vídeos.
Felipe Neto conta como surgiu a ideia, como nasceu o personagem Felipe Neto, que fala palavrão e critica todo mundo, e conta também os problemas iniciais e até mesmo sobre seu problema com o Fiuk, devido ao vídeo Não Faz Sentido - Fiukar.
O livro é bem pessoal e de leitura fácil. A escrita é bem descontraída, com a marca do Felipe Neto. O livro é interessante, sobretudo, por abordar como, no início, o YouTube brasileiro era descalorizado e como ele, como outros, lutaram para mudar isso. Para fazerem do YouTube um site mais respeitado e, sem querer, deram inicio a essa onda de vlogs e canais de sucesso que hoje pululam o site.
Vale a pena ler e conferir os vídeos do Felipe Neto no YouTube.



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sábado, 19 de setembro de 2015

Leituras do mês de Agosto


Desta vez resolvi mudar um pouco e decidi por fazer uma postagem com minhas leituras do mês de Agosto. Alguns livros dessa listagem já resenhei aqui ou, ao menos, já citei-os. Mas, em alguns casos serão tratados pela primeira vez. 
No mês passado, Agosto, eu li 14 livros, entre nacionais e estrangeiros, bem como em língua portuguesa, como em língua espanhola. Os gêneros também variaram. E, com certeza, são ótimas dicas de leitura.
Sem mais delongas, vamos lá então!! (As sinopses são da própria editora.)

616 - Tudo é Inferno (David Zurdo e Ángel Gutiérrez)

Não se engane. O Diabo pode ter muitas formas e números, mas o original é 616, atribuído ainda antes dos Evangelhos... Desde O Exorcista não se via um romance tão assustador como este. Tudo começa com a exumação do corpo de um padre: todos os seus ossos estão quebrados. Gravada a unha na parede interna de seu caixão a frase enigmática TUDO É INFERNO. O que o santo padre quis dizer? Por via das dúvidas, é melhor prestar atenção ao que o velho Daniel sussurra com voz grossa e bafo quente... O próprio Maligno parece falar por estas páginas. Com 616: Tudo é Inferno, David Zurdo e Ángel Gutiérrez elevam o terror e o suspense a sua melhor forma. Boa sorte.

Pompéia (Robert Harris)

Em 79 d.C., no sopé do monte Vesúvio, o jovem engenheiro Marcus Attilius repara o enorme aqueduto Aqua Augusta. Habilidoso, Attilius se compromete a consertar o Augusta antes que o reservatório seque. Na cidade mediterrânea de Pompéia, o engenheiro descobre que uma erupção vulcânica é iminente, mas intrigas políticas o impedem de revelar o terrível acontecimento. História do desaparecimento de Pompéia em forma de romance. 



O homem do quadro (Susan Hill)

A autora de uma das peças que mais tempo esteve em exibição no West End, em Londres, regressa neste romance a um tema sobrenatural. A história começa na faculdade, nos aposentos de um professor reformado, quando ele conta a história bizarra de um dos seus quadros.
Representando uma cena do Carnaval de Veneza, vêem-se nele folgazões mascarados, com as caras escondidas atrás de máscaras exóticas. Entre eles, há um homem sem máscara com um olhar implorante.


Resgatado pelo amor (Nora Roberts)

Neste romance que dá continuidade à Trilogia da Gratidão, Seth Quinn, agora um homem-feito, terá que se defrontar com seu passado antes de se entregar à mulher que tanto ama. Resgatado Pelo Amor, de Nora Roberts, foi escrito a pedido de sua legião de fãs, encantada com a história da família Quinn narrada em Arrebatado Pelo Mar, Movido Pela Maré e Protegido pelo Porto. Publicada originalmente alguns anos depois da trilogia original, é uma obra independente que traz de volta a emoção da melhor e mais emocionante saga da autora. Seth Quinn finalmente está em casa e foi uma longa jornada. Após uma infância terrível, em companhia da mãe viciada em álcool e drogas, ele foi acolhido pela família Quinn e cresceu com três irmãos mais velhos, que cuidaram dele com muito amor. Agora já adulto e voltando da Europa como um pintor consagrado, Seth pretende se estabelecer de vez na baía de Chesapeake, na costa de Maryland, junto de Cam, Ethan e Phillip, seus queridos irmãos, e também de suas cunhadas e sobrinhos, que tornam o clã dos Quinn uma saudável e abençoada confusão com destino à felicidade. Seth está de volta à casa azul e branca onde há sempre um barco no cais, uma cadeira de balanço na varanda e um cão correndo pelo quintal. Só que muita coisa mudou na cidadezinha de Saint Christopher desde que ele foi embora. E, em Resgatado pelo Amor, de Nora Roberts, o segredo que Seth manteve escondido durante muitos anos ameaçará vir à tona para destruir não apenas sua nova vida, mas também seu novo amor.

Memorial de Maria Moura (Rachel de Queiróz)

Numa longa jornada literária e jornalística, e que ocupa, com sua persistência e fidelidade, quase todo o século XX, Rachel de Queiroz jamais se despojou de sua condição primordial. Aos oitenta e dois anos, publicava este "Memorial de Maria Moura" que é a culminância surpreendente e magistral de sua obra e de sua vida.




As línguas do mundo (Charles Berlitz)

O aramaico ainda sobrevive em algumas aldeias da Samaria. Há palavras de línguas ameríndias com o mesmo som e significado de palavras gregas. O basco, do qual se descobriu um dialeto nas montanhas do Cáucaso, tem expressões que remontam à Idade da Pedra. Um livro repleto de curiosidades, revelações impressionantes e perguntas até hoje sem resposta.
Seu autor é um eminente lingüista, versado em idiomas muito diferentes entre si como o inglês, o suaili, o russo, o malaio e o japonês.


A nuvem envenenada (Sir Arthur Conan Doyle)

Segundo livro do ciclo do professor Challenger, este romance se demonstra um verdadeiro precursor da mais pura ficção científica, com a aniquilação de qualquer forma de vida na terra após a passagem pelo éter de uma nuvem venenosa. O professor Challenger, o protagonista desta aventura, consegue sobreviver com mais alguns companheiros que conhecera durante uma viagem à América do Sul em busca do Mundo Perdido: depois de livrar-se engenhosamente dos efeitos venéficos da nuvem, explora uma Inglaterra deserta à cata de sobreviventes. Acabará encontrando algum?

Cicatrices (Juan José Saer)

Sem tradução para o português, "Cicatrices" é uma obra do argentino JUan José Saer.
Luis Fiore, obrero metalúrgico, asesina a su mujer en la noche de un 1º de mayo. El episodio sirve de base a las cuatro historias que integran esta novela de Juan José Saer, publicada originalmente en 1969. Un texto fundamental de la narrativa argentina contemporánea. Una interrogación sobre el funcionamiento del mundo, sobre el conflicto entre caos y orden, sobre la posibilidad del conocimiento y la irrisión de la experiencia humana.

Uma mulher chamada Tii (Marilusa Moreira Vasconcellos)

Este livro foi composto em duas etapas. Numa volta ao passado, ele relata a história de Tii, mãe de Akenaton, da XVIII Dinastia, em toda sua complexidade, desvendando fatos nunca antes explicados.
A Saga desta princesa agípcia e o amargo despertar no século XX, compõe as malhas da segunda etapa, narradas pelo escriba do faraó Amenófis III. Imperdível, em todos os sentidos. Você não pode deixar de ler.
Ditado por Tomás Antônio Gonzaga e César.


Diário do Chaves (Roberto Gómez Bolaños)

"Escrito" pelo próprio Chaves, este livro traz uma coleção de pensamentos e situações envolvendo a turma do programa de TV: Seu Madruga, Kiko, Chiquinha e muitos outros estão presentes no livro.
Primeiro livro de ficção sobre Chaves a ser lançado no Brasil, o "Diário do Chaves" desvenda histórias nunca reveladas pelo personagem na série de TV, que há quase 20 anos vem alcançando altos índices de audiência no país. A obra traz ainda ilustrações feitas pelo autor.


O Monge e o Executivo (James C. Hunter)

Você está convidado a se juntar a um grupo que, durante uma semana, vai estudar com um dos maiores especialistas em liderança dos Estados Unidos. Leonard Hoffman, um famoso empresário que abandonou sua brilhante carreira para se tornar monge em um mosteiro beneditino, é o personagem central desta envolvente história criada por James C. Hunter para ensinar de forma clara e agradável os princípios fundamentais dos verdadeiros líderes. Se você tem dificuldade em fazer com que sua equipe dê o melhor de si no trabalho e gostaria de se relacionar melhor com sua família e seus amigos, vai encontrar neste livro personagens, ideias e discussões que vão abrir um novo horizonte em sua forma de lidar com os outros. É impossível ler este livro sem sair transformado. "O Monge e o Executivo" é, sobretudo, uma lição sobre como se tornar uma pessoa melhor.

O Mestre de Quéops (Albert Salvadó)

Esta é a História da Época do Faraó Snefru e da Rainha Heteferes, Pais de Quéops, o Construtor da Maior e Mais Impressionante das Pirâmides, e Também é a História de Sedum, um Escravo que Chegou a Ser Mestre de Quéops. "O Mestre de Quéops" conquistou o Prêmio de Romance Histórico Néstor Luján, em 1998.




Guerras Estúpidas (Ed Strosser e Michel Prince)

Os ridículos e temerários conflitos narrados em Guerras estúpidas incluem a desorientada Quarta Cruzada, a invasão afobada da Rússia pelos EUA, a desconcertante guerra britânica das Ilhas Malvinas, o malfadado Golpe da Cervejaria de Hitler, diversos conflitos sul-americanos incrivelmente patéticos, o fiasco da Baía dos Porcos e muito mais. Se você é um futuro ditador, amante real ou apaixonado por história, vai adorar esses textos, que expõem as piores decisões já tomadas pelos mais famosos políticos e belicistas da história. Um relato bem-humorado e informativo.

Arquipélago Gulag (Alexander Soljenítsin)

Apesar desses 38 anos de quase indescritível sofrimento nos longínquos campos da Sibéria, Soljenitsin disse, também, que o “pior do comunismo não é a opressão mas a mentira”. Entendemos, porque embora não submetidos a trabalho escravo, sofrimentos físicos ou psíquicos, a mentira, para nós, dói, machuca. Dói a história revista ou inventada que se fabricou, em relação a um período crucial da vida de nosso país, sendo transmitida a nossos jovens Pois foi com a mentira e valendo-se de técnicas psicológicas de indução, que as esquerdas criaram uma verdadeira Mitologia Histórica para nosso País.





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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Livro: Crime e Castigo


Autor: Fiódor Dostoiévski
Título original: Prestuplênie i nakazánie
Páginas: 590
Editora: L&PM Pocket
Ano: 2008
País: Rússia
Estilo: romance

Muitas vezes um clássico da literatura pode parecer chato à primeira vista. Principalmente, se o nome não parece tão atraente. Porém, no caso de "Crime e Castigo", clássico da literatura russa, escrito em 1866, a perpesctiva da leitura pode se mostrar surpreendente. 
Com suas 590 páginas, o livro conta a história de Raskólnikov, um ex-estudante de Direito, que vive em São Petersburgo. A personagem principal é um homem pobre, no limite da miséria, que além de suportar a pobreza, é atormentado pela ideia de fazer algo importante. 
Raskólnikov é uma personagem psicologicamente interessante e que atrai o leitor para o drama vivido na trama. Na época que cursava Direito, ele cria uma teoria, dividindo as pessoas em duas categorias: as que fazem as leis e as pessoas que devem cumprir a lei. Para ele, as pessoas do primeiro grupo estavam acima da Lei e poderiam fazer qualquer coisa, até mesmo cometer um crime.
Sendo assim, ele resolve por sua teoria em prática. Planeja, então, em meio a uma luta com sua consciência, que od eixa doente, e concretiza, a morte de uma agiota idosa.
Porém, na cena do crime, Raskólnikov acaba assassinado também a irmã dessa agiota, Lesavieta, que surge inesperadamente no lugar. Antes de fugir, ele rouba alguns objetos de valor, porém, sentindo-se arrependido, não ususfrui desses objetos, ocultado-os sob uma pedra.
Após o relato do crime, Dostoiévski leva o leitor a conviver com a personagem principal, mostrando as crises de consciência e a angústia de Raskólnikov. Nesse momento, são introduzidos outras personagens, que contracenam com o protagonista. O autor é detalhista, de forma interessante e não cansativa, nas dúvidas, argumentos e pensamentos de Raskólnikov.
Por fim, o protagonista é levado a sofrer com uma crise de consciência e pelo medo de ser preso.
A leitura é envolvente e prende o leitor, que deseja acompanhar cada detalhe da angústia da personagem principal. Os diálogos, em muitos casos, são tão envolventes, que o leitor se vê lendo na mesma intensidade que é "dito" pela (s) personagem (ns).
É um livro surpreendente, sem clichês e totalmente atraente. Possui um fundo psicológico incrível e faz você querer ler ansiosamente a próxima página, a fim de saber o que acontecerá. Apesar de ser grande, a narrativa é uma das melhores criadas pela mente humana. Certamente, Dostoiévski entrou na minha lista de grandes escritores. E, sinceramente, você, leitor ninja, deveria lê-lo. É incomparavelmente envolvente e interessante.


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segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Livro: Arquipélago Gulag

Características:

Autor: Alexander Soljenítsin
Título Original: Arkhipelag GULag
Páginas: 592
País: Rússia (Antiga URSS)
Editora: DIFEL
Ano: 1975
Estilo: Biografia


Resenha:

"O Arquipélago Gulag" é um surpreendete relato escrito pelo russo Alexander Soljenítsin (1918-2008), que narra os seus dias na época da URSS. A narrativa aborda como era o clima na época de Lénin e Stálin, abordando os julgamentos e condenações, fuzilamentos e deportações, feitas a revelia, pelo governo comunista russo. O livro é surpreendente pelo detalhes dados pelo autor, mostrando sem medo as armações dos tribunais da época. Bem como, retrata com realismo como era viver numa cela nas diversas prisões russas. Além disso, ele detalha como era os campos de concentração russos e como eram feitos as transinções dos presos. Alexander é meticuloso em sua denúncia dos crimes cometidos pelos oficiais a serviço de Stálin, assim como não mede esforços em relatar as torturas e o tratamento a que eram submetidos os presos políticos da época. É um relato muito chocante, que deixa o leitor indignado com os crimes cometidos pelo governo soviético. Foi um dos melhores livros do tipo que li e me surpreendi muito com tudo que é narrado nas quase 600 páginas. O realismo é tão grande, que o leitor é muitas vezes surpreendido com a crueldade da época. É um livro que gostei muito e que acredito ser um bom guia para quem quer realmente entender como era vier na Rússia de Stálin. 




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